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Rio de Janeiro 19 Junho 2019

O tradicional Catumbi moderniza instalações e ganha inovação de serviços

Perto de completar 170 anos, o Cemitério do Catumbi, próximo ao Túnel Santa Bárbara, passou por amplo processo de modernização das suas instalações, preservando sua peculiar arquitetura do século XIX. Ganhou um dos melhores crematórios do Rio, novas salas de velório equipadas com ar condicionado, internet e elevador, sistemas de informação e controle, restauração de jardins e ambientes de sepultamento, veículos e serviços especializados, além de treinamento profissional de sua equipe. Um exclusivo serviço funerário completa a lista de inovações de sua administração, com urnas de todos os modelos e homenagens para a despedida de entes queridos.

 

Inaugurado no ano de 1850, quando o bairro era um luxuoso recanto da então corte imperial, o tradicional Cemitério da Venerável Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula, é uma das principais necrópoles da cidade do Rio de Janeiro.

 

 

No conhecido “Cemitério da Nobreza Brasileira” podem ser encontradas famílias de todos os estados do Brasil, além de Portugal e outros países. Em suas capelas e jazigos perpétuos estão sepultados barões e baronesas, condes e condessas, viscondes e viscondessas, marqueses e marquesas, autoridades e personalidades da história. Conheça alguns dos ilustres do Catumbi:

  • Ankito - Ator e comediante do cinema
  • Ataulfo Alves - Compositor
  • Caíque Ferreira - Ator
  • Carmine Rocco - Arcebispo e Núncio Apostólico
  • Catulo da Paixão Cearense - Músico e compositor
  • Chico Feitosa - Compositor
  • Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwiges Neves Gonzaga) - Compositora e maestrina
  • Duque de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva) - Militar e político (exumado em 1949)
  • Francisco Braga - Maestro e compositor
  • Francisco Manuel da Silva - Músico e compositor brasileiro
  • Guilherme de Brito - Compositor
  • Ismael Silva - Compositor
  • José de Resende Costa, o filho - Inconfidente mineiro e deputado
  • Luiz Melodia - Compositor e cantor
  • Leopoldo Miguez - Compositor erudito
  • Luiz Gama Filho - Professor e ex-ministro
  • Marquês de Sapucaí - Senador e ex-ministro
  • Teófilo Ottoni - Jornalista, comerciante, político e empresário brasileiro
  • Visconde de Mauá (Irineu Evangelista de Souza) - Empresário, industrial, banqueiro e nobre
  • Visconde de Uruguai (Paulino José Soares de Sousa) - Político e ex-ministro da Justiça e dos Negócios Estrangeiros do Império

 

 

Mais Curiosidades:

Em 1810, foi proibido o enterramento nas igrejas e suas dependências, prática que permaneceu ainda em uso até meados do século XIX, causando grandes inconvenientes para a população que aumentava. A Igreja da Ordem de São Francisco de Paula, pelos anos de 1845 já contava com suas catacumbas quase inteiramente ocupadas. No ano de 1849, o comendador Manoel Pinto da Fonseca, então Corretor da Ordem, resolveu transferir o primitivo e acanhado cemitério das catacumbas para outro lugar, mais vasto e fora da cidade, adquirindo, para isso, os terrenos onde hoje está instalado o Catumbi.

No ano de 1850, a cidade do Rio de Janeiro sofreu com a epidemia da febre amarela. O grande número de vítimas que pereciam diariamente extrapolava os espaços disponíveis para os sepultamentos. O Governo Imperial resolveu apelar para a Ordem de São Francisco de Paula, única que então possuía campo santo extra-muro para seus mortos, até então exclusivo para os Irmãos da Ordem. Assim, sepultaram-se naquela ocasião cerca de 3 mil pessoas que não eram da Ordem. Foi nessa época que o Imperador D. Pedro II e as irmandades fundaram os primeiros cemitérios públicos do país. “O Catumbi foi o primeiro campo santo brasileiro, particular, a receber indígenas e escravos.”